Coronavírus – Crianças: Prevenção e Aumento de Imunidade
Deficiência de Ferro e Anemia em Criança
UM FATOR DE RISCO PARA AGRAVAMENTO DAS VIROSES, COMO É O CASO DO CORONA VÍRUS
Introdução
ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO
A anemia por deficiência de ferro representa aproximadamente 90% de todas as anemias na infância, e isso ocorre principalmente devido à baixa ingestão de ferro, o que leva a uma diminuição na síntese de hemoglobina, uma vez que o ferro é o principal constituinte da hemoglobina.
A deficiência de ferro é a doença carencial mais importante do mundo, atingindo mais de 1 bilhão de pessoas. A anemia pode trazer severas consequências econômicas e sociais para o país. No Brasil, a incidência da anemia pode atingir mais 70% das crianças, dependendo da população estudada (SANTOS, Ludimila; et.al. 2018).
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (SBP) – Consenso sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica.
O problema da anemia está tão sério no Brasil que a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou um artigo em junho de 2018 o qual alerta para os efeitos deletérios que a anemia provoca na nossa saúde. Com o título, “Consenso sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência médica”, a SBP alerta os profissionais da área da saúde, assim como toda a nossa sociedade sobre os transtornos que essa doença provoca ao nosso organismo. Se a anemia nas nossas crianças não for tratada precocemente, elas poderão vir a ter danos cognitivos permanentes, além de ter a sua imunidade geral comprometida.
Quais as consequências da anemia por deficiência de ferro
- Comprometimento do desenvolvimento mental e cognitivo;
- Baixo rendimento escolar;
- Dificuldades no crescimento e na disposição;
- Menor resistência a infecções, com aumento da frequência de gripes e doenças comuns do dia a dia.
Fonte: GILLESPIE, 1981: WHO, 2001 (Organização mundial da saúde);http://nutricao.saude.gov.br/ferro.php
ANEMIA E IMUNIDADE
Em relação a imunidade, a menor resistência a infecções pode trazer severos danos a saúde da criança, podendo levar ao agravamento de doenças, como é o caso das gripes comuns.
Atualmente, o mundo passa por um sério problema de saúde pública, a pandemia provocada pelo novo corona vírus, o COVID-19. Esse vírus, cujo os sintomas se assemelham a uma gripe, está se espalhando rapidamente e provocando milhares de mortes, principalmente em populações mais vulneráveis como é o caso dos idosos e as crianças mais novas.
Para que esse vírus não cause danos importantes para nossa saúde, é importante que nosso sistema imunológico esteja funcionando bem, o que não ocorre em pessoas com anemia, que ficam mais expostas e vulneráveis a agressividade desse vírus.
MAS, PORQUE PESSOAS COM ANEMIA TEM DEFICIÊNCIA IMUNOLÓGICA?
O ferro desempenha um papel importante na defesa do organismo, sendo essencial para o desenvolvimento normal do sistema imunológico, e sua deficiência pode resultar em uma resposta imune inadequada, especificamente imunidade celular mediada pelos linfócitos T, foi o que concluiu um estudo publicado em 2018 por Sanaa S. Aly, et. Al. Nesse estudo, os pacientes com anemia apresentaram uma diminuição significativa na contagem total de linfócitos em comparação aos controles.
O ferro tem um papel essencial na vigilância das células imunes, principalmente nos linfócitos, (Weis G, 2002). Além disso, o ferro é necessário para a diferenciação dos monócitos e macrófagos (Collins HL, 2003). Leyshon et al em 2019 publicou um estudo o qual conclui que a deficiência de ferro diminui a função imune periférica, levando ao aumento de vírus no sangue, porém a atividade imune no cérebro é protegida da deficiência de ferro aguda.
Estudos in vitro demonstraram que a deficiência de ferro prejudica a função imunológica, diminuindo a imunidade humoral, a produção de citocinas de linfócitos e a atividade fagocítica dos neutrófilos (Hassan 2016; Beard 2001).
A imunidade humoral inespecífica (atividade fagocitária e a explosão oxidativa) e a Interleucina-6 são influenciadas negativamente em pacientes com anemia ferropriva. Já que o ferro é importante para a função imune e está envolvido na atividade fagocitária das células imunes e na produção de citocinas, a deficiência de ferro contribui para a baixa imunidade e menor resistência as doenças infectocontagiosas (Hassan 2016 ; Nairz 2015; Bergman 2004 ; Bergman 2004 ; Golz 2001 ; Jason 2001).
Um estudo publicado em 2018 por Liao, et al concluiu que a anemia em crianças estava associada à diminuição das respostas pró-inflamatórias das citocinas à estimulação pelo receptor toll-like (TLR1-2 e TLR4), bem como um aumento da prevalência de colonização nasofaríngea por M. catarrhalis. Neste estudo, apesar da anemia não estar associada a morbidade infecciosa, as crianças que desenvolveram infecção do trato respiratório inferior (ITRI) apresentaram níveis mais baixos de ferritina, por isso, especulou-se que a deficiência de ferro é que possa ser o fator chave relacionado à morbidade infecciosa (Liao 2018).
Vários estudos concluíram que a anemia por deficiência de ferro aumentou as chances de infecção do trato respiratório baixo em aproximadamente 2 a 5 vezes (Ramakrishnan 2006 ; Hussain 2014 ;Mourad 2010.)
Se a anemia atinge milhões de crianças no nosso País, o surto de gripe (influenza) e do corona vírus pode provocar sérios danos a saúde dessas crianças que estão em risco eminente pela redução da sua imunidade.
CRIANÇAS COM ANEMIA TEM MAIOR RISCO DE CONTRAIR GRIPE (VÍRUS)
O ferro tem muitas funções importantes no corpo, incluindo a regulação do sistema imunológico e, portanto, a deficiência do ferro pode comprometer a função imunológica e causar impacto tanto na facilidade de contrair (pegar a doença), como na gravidade das infecções, incluindo influenza (Ekiz C, 2005 ; Oppenheimer SJ. 2001).
Crianças com menos de 5 anos de idade têm maior suscetibilidade a se infectar com influenza e correm o risco de doenças mais graves (Cromer D, 2014).
Um estudo americano sobre mortalidade infantil por influenza indicou que a maioria das mortes infantis atribuídas à influenza ocorre em menores de 5 anos (Bhat N, 2005).
Um estudo Australiano de 2016 concluiu que a anemia por deficiência de ferro e a alergia alimentar foram identificados como fatores de risco independentes para doença grave da influenza em crianças menores de cinco anos.
De acordo com esse estudo, a anemia por deficiência de ferro foi um importante preditor da gravidade da doença, principalmente na faixa etária abaixo de 2 anos. Essas crianças tinham quase cinco vezes mais chances de serem admitidas em hospitais para cuidados de alto nível, pela gravidade da doença. Além disso, a anemia foi identificada como um fator de risco para insuficiência respiratória em crianças internadas no hospital por pneumonia adquirida na comunidade (Lakhan, N., 2016).
Já um estudo recente publicado em 2020 demonstrou que a composição do sistema imunológico em crianças varia de acordo com a idade, localização geográfica e status de anemia.
CORONA VÍRUS
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem. Esses vírus causam infecções respiratórias de leves a moderadas, e de curta duração. Coriza, tosse, dor de garganta e febre são alguns dos sintomas mais comuns, porém, algumas vezes podem causar infecção das vias respiratórias inferiores, como pneumonia e bronquite. Esse quadro mais grave pode ocorrer em pessoas com doenças cardiopulmonares, com sistema imunológico comprometido (crianças com anemia) ou em idosos.
Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”.
Portanto, fica claro que é importantíssimo corrigir a anemia em crianças, principalmente as menores de 5 anos de idade para melhorar o sistema imunológico e reduzir o risco de adquirir doenças infectocontagiosas como é o caso do corona vírus.
COMO EVITAR DEFICIÊNCIA DE FERRO E ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO?
Uma alimentação correta, rica em nutrientes é a melhor maneira de repormos a quantidade de ferro para nossas crianças, porém isso é muito difícil de conseguir, principalmente em comunidades mais carentes.
- Carne vermelha e vísceras (fígado);
- Vegetais verde-escuros (ex: brócolis, couve, espinafre), algas marinhas;
- Leguminosas, (feijão, grão-de-bico, ervilha e lentilha),cereais integrais (ex: aveia e quinoa), sementes (gergelim e abóbora), frutas (ex: damascos secos, uva passa)
Importante: o ferro de fontes vegetais são menos absorvidos que os de fonte animal, por isso, para aumentar a absorção do ferro dos vegetais é necessário incluir suco de limão e frutas cítricas (ex: laranja, goiaba, tomate) e evitar consumir alimentos ricos em cálcio, café e chás na mesma refeição com ferro, pois eles prejudicam a absorção.
A forma mais rápida e eficiente de aumentar a hemoglobina é através da suplementação de ferro para crianças. A suplementação diária ou semanal são igualmente eficazes para aumentar a hemoglobina em médio prazo, porém a diária é mais eficaz para aumentar em curto prazo (Nogueira Arcanjo FP, 2013).
QUAL MELHOR SUPLEMENTO DE FERRO PARA AS CRIANÇAS?
Na minha opinião, sem dúvida é o suplemento que proporcione maior absorção do nutriente pelo organismo, e consequentemente maior rapidez na correção do estoque do ferro, como por exemplo o ferro nanoencapsulado, sempre associado a outros micronutrientes (minerais e vitaminas). A nanotecnologia, além de proporcionar maior absorção, não provoca efeitos colaterais (em dosagens de nutrientes dentro do IDR) e não tem gosto ruim, diferente do ferro comum encontrado nas farmácias, que além de não serem tão bem absorvidos, tem sabor ruim e podem provocar efeitos colaterais.
O que é o encapsulamento com a tecnologia nano
O encapsulamento é um processo de “empacotamento” de partículas (pigmentos, acidulantes, nutrientes, enzimas, conservantes, etc.) em cápsulas comestíveis. O material encapsulado como por exemplo o ferro é chamado de material de “enchimento ou núcleo”, e o encapsulante é a membrana ou a parede, ou seja, o material que forma a cápsula. As cápsulas são classificadas por tamanho em 3 categorias: macro, micro e nanocápsulas. O tamanho das partículas pode afetar diretamente a entrega de qualquer composto bioativo em vários locais do corpo. As nanopartículas são absorvidas com grande eficiência, o que geralmente não ocorre com o tamanho maior das micropartículas.
Nanotecnologia refere-se a materiais, estruturas e sistemas de engenharia em tamanhos que variam de 1-100 nm. As nanocápsulas são compostas por um envelope polimérico disposto em torno de um núcleo no qual o composto ativo (ex: o ferro) é encontrado, e que será protegido contra fatores ambientais adversos ou será liberado gradualmente. Após a absorção, as nanopartículas podem entrar rapidamente na corrente sanguínea e se instalar em diferentes tecidos onde são necessários.
Muitos nutrientes dos alimentos são destruídos no trato digestivo, mas a nanotecnologia pode permitir que um nutriente chegue intacto em locais específicos a serem absorvidos (Ezhilarasi 2013 ; Shand H 2006 ; Langer 2003 ; Koo OM 2005 ; Dasgupta 2015 ; Ubbink 2006 ; Weiss 2006 ; Ozturk B 2015 ; Secchi 2019).
CONCLUSÃO:
A deficiência de ferro ou a anemia por deficiência de ferro pode trazer sérios problemas para as crianças, como: cansaço, deficit cognitivo, deficiência no aprendizado, e baixa imunidade, deixando-as mais vulneráveis a doenças comuns do dia a dia.
Como vivemos uma pandemia do COVID-19 precisamos urgentemente melhorar a imunidade das nossas crianças. Segundo pesquisas sérias como a de Nogueira, et al em 2013, a forma mais rápida e eficaz (simples) de aumentar a hemoglobina é através da suplementação de ferro para crianças. (Nogueira Arcanjo FP, 2013).
E como precisamos aumentar os níveis de hemoglobina rapidamente, o melhor seria usar um suplemento com nanototecnologia.
A Sociedade Brasileira de Pediatria em 2018 já colocou a anemia ferropriva como uma urgência médica, e agora mais que nunca.
A curto prazo, podemos melhorar e proteger a saúde de nossas crianças através de uma política de suplementação preventiva com ferro nanoencapsulado associado a outros micronutrientes que comprovadamente corrigem a deficiência de ferro. Isso, associado e a uma alimentação saudável que seja rica em micronutrientes, o que pode possibilitar a manutenção dos bons níveis de ferro alcançados com a suplementação.
As crianças não podem esperar, sua saúde e o seu futuro dependem de ações imediatas e urgentes dos pais e dos nossos governantes.
Referências Bibliográficas
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